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livro inédito de Odegine Graça para você!


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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Nos mudamos...

Amigos, mudamos de endereço: www.caentrenos.org
Nos vemos lá, bye.

terça-feira, 28 de julho de 2009

O amor e os mecanismos de projeção

Continuamos com a nossa série de textos, informações, idéias e conselhos sobre o amor. Hoje trataremos da relação deste sentimento tão nobre, com os mecanismos de projeção. Você sabe o que isto significa?
É necessário olhar a nós mesmos, para dentro, e então, conseguir entender e amar ao próximo.

“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.”
(Fernando Pessoa)



A melhor definição de projeção é: olhar-se no espelho, sem saber que aquilo que vê é a própria imagem.
Quando uma pessoa vê refletida no externo as imagens internas ou inconscientes que regem a vida, olha e acha que aquilo que vê pertence ao outro.
A projeção é um mecanismo de defesa do ego, e geralmente ocorre quando o indivíduo vê nos outros um traço que quer ou tem em si mesmo e então supervaloriza aquilo no outro. De outra forma: projeção é o ato de atribuir a outro ser ou objetos as qualidades, sentimentos ou intenções que se originam em si próprio.
É um mecanismo de defesa pelo qual aspectos da personalidade de um individuo são deslocados de dentro deste para o meio externo. A pessoa em estado de projeção pode lidar com sentimentos reais, fora dela.
Jung define projeção como "um processo inconsciente e automático, pelo qual um conteúdo inconsciente para o sujeito é transferido para um objeto, fazendo com que este conteúdo pareça pertencer ao objeto".
A projeção cessa no momento em que se torna consciente, isto é, ao ser constatado que o conteúdo pertence ao sujeito. Todos nós temos dentro de nós aspectos masculinos e femininos que retratam nosso ideal de homem ou de mulher, Jung denominou esses aspectos da personalidade de animus e anima. Quando projetamos esses aspectos no rosto de outra pessoa achamos que estamos amando, porém na grande maioria das vezes só estamos projetando um ideal.
É necessário saber que amor é bem mais que ideal, amor é real, e realidade exige convivência, frustração, perdão, compreensão e aceitação do outro enquanto outro diferente de mim, é aprender com as diferenças sem exigir que o outro seja meu reflexo.
Amor é companheirismo, é admiração, é crescimento, o amor vai além da paixão, vai além do comodismo, vai além de mim e dos meus ideiais.

Amor é realidade.

terça-feira, 14 de julho de 2009

O amor e o medo

“ A brisa do amanhecer tem segredos para lhe contar.
Não volte a dormir.
Você tem que verificar o que realmente quer.
Não volte a dormir.
As pessoas vão e voltam pelo Umbral
Onde os dois mundos se tocam.
A porta está totalmente aberta.
Não volte a dormir. “

(Jelaluddin Rumi - séc XIII)

No universo das relações amorosas, só existem duas vibrações, duas verdades, duas energias que se movimentam e movimentam todas as coisas: o amor e o medo. Ou se está em uma ou se está em outra vibração.

O medo aprisiona , paralisa, põe em alerta, contra a um perigo eminente, contra maus espíritos, contra alguém ou alguma coisa que nem se sabe o que é, mas que está pronta, preste a destruir.

O medo nos incute um sentido de persecutoriedade que nos coloca em franco estado de paranóia . Ele age através da mente analítica, fazendo com que julguemos a tudo e a todos de forma cruel e negativa. O mundo então se torna assustador, um campo de crueldade suprema em que só é possível pensar em atitudes de defesa, nunca em envolvimento. O indivíduo com medo se sabota, nega a oportunidade que tem de amar e de ser amado. Ao se defrontar com uma pessoa que pode lhe proporcionar felicidade, o medo de amar nega a chance do encontro com o outro e tudo acaba antes mesmo de começar.

A capacidade de dar e receber amor está diretamente ligada a proporção de medo acumulada dentro do individuo. Quanto mais medo, menos capacidade de se abrir e atrair o amor, portanto: respire fundo, saia para a vida, arrisque-se, enfrente seus medos, fique livre de tantas dores, ditados, e regras inúteis. Acredite em você, e seja feliz. Assim você atrairá o amor que merece .

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O QUE É O AMOR?

Neste mês de julho, o blog da psicóloga ODEGINE GRAÇA, dá início a sua mais nova série: "O que é o amor? "

Disfrute, comente, opine. Afinal, o amor é o sentimento inerente e indissociável ao ser humano.
Acompanhe, disfrute...



“... e ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres e ainda que entregasse meu corpo para ser queimado, se eu não tivesse amor, nada disso me aproveitaria”.

(Trecho da primeira carta de São Paulo aos Coríntios).

O amor é a emoção mais perfeita que existe. A palavra emoção vem do latim: e-movere, que quer dizer, precisamente, movimento. O amor é um movimento constante que leva ao crescimento. Sem amor não existem relações, somos animais dependentes dele.
O amor é a condição de toda a existência humana: nós seres humanos nos originamos do amor e somos dependentes dele. Na vida humana, a maior parte do sofrimento vem da negação do amor. Eu diria que 99% das enfermidades humanas tem a ver com a negação do amor.
O biólogo Humberto Maturana, em seu livro “Emoções e linguagem na educação e na política”, reconhece que o homem é um ser relacional movido pelo amor, e que é através deste que estabelece o diálogo e a construção da própria vida, pois não há ação humana sem uma emoção que a estabeleça como tal, e a torne possível como ato. O amor é a emoção que torna possível a convivência e a interação com o outro enquanto este é diferente de mim. O amor amplia e estabiliza a convivência e, sem sombras de dúvida, nos torna seres melhores e mais humanos, mais esperançosos e cheios de energia para transformar o mundo em um lugar muito melhor para todos.
Lembre-se: O amor é aquilo que imprime significado as coisas, e permite compreender o espírito humano, que nos enche de sabedoria e compaixão por tudo que é vivo. Amor significa interação com a vida, significa fazer parte, sentindo tudo e o todo. É algo além do sujeito e do objeto somente. Amor é estar presente, é pertencer, é ir além de si mesmo. O verdadeiro sentido do amor exige que a vida seja vivida em sua plenitude.

domingo, 7 de junho de 2009

O Poder Do Coração Da Mulher

As mulheres não tem noção do poder que carregam dentro de si. Como o leão enjaulado que nao sabe que com suas garras pode perfeitamente destruir as grades que o prendem e fugir de sua sela , assim é a mulher. Esquecida de sua força se submete a opreção, e vive prisioneira das ideologias apregoadas por uma sociedade que teme seus poderes e seu despertar. A hora que as mulheres despertarem o potencial de seu coração, a terra vai tremer e um novo sol brilhara para todos nós.
Está na hora das mulheres despertarem. Tomar o mundo em suas mãos e construir uma sociedade mais afetiva. Não é momento de pensar o mundo somente com a razão, essa luz pode ser ofuscante se esquecemos de sentir com o coração a vida, quando assim o fazemos descobrimos que fazemos parte desse todo integrado, que denominados mundo e que tudo esta vivo e pulsante em diversidade.Respeito as diferenças e a dignidade da vida é o clamor do século. Esse é o século das mulheres daquelas que carregam vida dentro de si esse é o momento do coração. Acordem Mulheres é o momento de tomarmos nosso cetro e com nossas próprias mãos erguermos a coroa que nos pertence e coroarmos nossa cabeça e sairmos do castelo e da passividade do trono e irmos para o mundo, construindo todas juntas um mundo do coração das mulheres.
Lindas ! o Paraíso é aqui.

domingo, 24 de maio de 2009

MULHER SENHORA DO SEU DESTINO

O feminino desde sempre está ligado à vida, ao cuidar, a maternidade. As mulheres seres sensíveis, sensoriais e emocionais, expressam com todo o seu ser o cuidar.
É certo que muitos desses aspectos são condições advindas do sistema patriarcal do qual todas somos frutos. Nesse sistema as mulheres nascem com o destino traçado. Há cem anos, as jovens eram educadas para corresponderem aos respectivos papeis de esposas zelosas, boas donas de casa e mães dedicadas em tempo integral. Até hoje isto ainda esta profundamente arraigado em nosso ser. Se a mulher não casar, ela não é completa, tem algo de muito errado com ela.
Desde muito cedo as mulheres aprendem resignação, obediência, abrir mão de seus desejos e prazeres em prol de outros. As mulheres estão há séculos assentadas no banco de trás do passageiro do veiculo que as conduz na vida. Mas, nem todas as mulheres aceitam esse papel. Muitas protestaram, e conseguiram através de muita luta abrir algumas janelas no forte. Essas mulheres corajosas, pioneiras, ativas e fortes romperam com o sistema preestabelecido, considerado inquestionável e decidiram assumir a autoria de sua própria história. Essas mulheres nos ensinam que podemos desempenhar o papel principal de intérpretes de nossa subjetividade humana. Através de seus atos, elas nos falam de nossa força potencial, trazem a mensagem de que podemos romper com as amarras do convencional e mesmo assim continuarmos a ser mulheres femininas.
As mulheres durante muitos séculos foram subjugadas e vitimizadas pela sociedade que as mantinha reféns das necessidades e desejos masculinos, ela não existia enquanto pessoa pensante e se individual. Com o advento da revolução feminista e tecnológica as mulheres tiveram acesso à educação superior e o conhecimento fez com que muitas mulheres despertassem para o questionamento de valores impostos e qual era o seu lugar no mundo, na história.
Hoje, muita coisa já mudou, porém a alma da mulher ainda esta cativa, encarcerada em mitos e valores inconscientes que se movem e que nos movem sem que percebamos. Muitas ainda submersas na escuridão de um emocional confuso buscam serem salvas e conduzidas por um braço forte, por alguém que se responsabilize por elas. Simone de Beauvoir disse: A liberdade assusta. Nós mulheres ainda estamos aterrorizadas com toda essa liberdade que se nos apresenta, pois ela traz consigo uma enorme responsabilidade, a de dirigirmos nossa vida. Já se faz momento de buscarmos nosso próprio caminho, nossos significados, de sabermos da nossa trajetória, de nossos valores, do nosso papel enquanto mulheres e cidadãs responsáveis por nós e por todo um desenvolvimento social. É hora de sairmos da ignorância e aceitação passiva e entrarmos no questionamento e ação responsável ativamente por nossos direitos e dos nossos semelhantes.
O conhecimento aliado a reflexão e a ação retiram-nos da posição de vitimas e, conseqüentemente, passamos a assumir a responsabilidade pelos acontecimentos de nossa vida.
Estamos assistindo ao surgimento de uma nova sociedade, com a qual a mulher interage de forma mais confiante e segura, onde a cada dia esta mulher se torna mais consciente de seu potencial, essa sociedade ainda é menina frágil e precisa de cuidados especiais para que cresça com saúde e se torne uma mulher adulta forte. Depende de todas nós mulheres ativas a responsabilidade por esse desenvolvimento. Então: vamos à luta.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Depressão.

O Grito de uma alma Sufocada.


Deprimir, Reprimir, Suprimir. Eis aí três palavrinhas que caminham juntas no mundo da depressão. O histórico é quase sempre o mesmo, a pessoa reprime aquilo que a machuca, suprimindo a dor junto com a suposta eliminação das lembranças. Assim os dias vão se passando e a vida andando. A pessoa esquecida de si vai apertando o passo, calando a alma a toda e qualquer percepção além do absolutamente necessário para continuar vivo. É preciso ser práticos pensam os ingressantes do caminho da dor, ninguém tem tempo de estar no escuro ou de sofrer por muito tempo nesse mundo de instantâneos. E a cabeça fica povoada de imagens sem reconhecimento e nossa vida cheia de ressentimentos. Gritar de nada adianta os ouvidos estão fechados, é preciso resistir, ser forte e continuar mesmo com a alma despedaçada.

O fato ainda não reconhecido é o de que a depressão e as doenças normalmente a elas associadas rompem a barreira da negação tamanha é a dor, e faz a alma vazar todo o suprimido. A doença rompe a barreira do esforço consciente e inconsciente do esquecimento e lança seu próprio grito o qual ecoa por entre os picos das montanhas geladas provocando uma grande avalanche de dor, mágoa, raiva e destruição.

A depressão é o buraco negro que explode em toda a sua furiosa energia de contenção para formar novos mundos, outros universos. É preciso estar aos pedaços para poder estar inteiro novamente.

O que grita primeiro quando se está deprimido é a ansiedade, ela aumenta de volume e de intensidade, cortando a respiração, aumentando o nível de cortizol (hormônio do stress) e este por sua vez aumenta a adrenalina que acelera os batimentos cardíacos, interfere na quebra dos açúcares e por aí vai destruindo o equilíbrio das células.

A ansiedade generalizada também faz no início o mesmo caminho. Para se saber o quadro de ansiedade generalizada é preciso preencher três das seis características abaixo:

1. Sensação de falta de descanso;
2. Brancos na mente;
3. Irritabilidade, “estoura à toa”;
4. Dores musculares;
5. Transtornos de sono (insônia ou sono demasiado);
6. Transtornos alimentares (aumento ou decréscimo de apetite).

O TAG, Transtorno de Ansiedade Generalizada, é como o próprio nome diz, um transtorno de ansiedade mais específico que atinge de 2% a 5% da população, mais comum nas mulheres, inicia-se a partir da segunda década de vida. Esta ansiedade é vista, hoje em dia, como algo de origem genética. Você herda as bases neurobiológicas da suscetibilidade à ansiedade.

Essa ansiedade pode evoluir até o pânico. O transtorno de pânico é um ataque de ansiedade agudo e grave que começa a aparecer de forma referente e sem aviso prévio, que não está preso a nenhuma situação específica como as fobias. Esses ataques duram em média 15 minutos. Os sintomas depressivos, costumam estar associados em 80% dos casos. O ataque de pânico se caracteriza por um período discreto de medo e desconforto intenso, no qual quatro ou mais dos seguintes sintomas se desenvolvem abruptamente e alcançam um pico dentro de dez minutos.

1. Palpitações, coração pulsando em ritmo acelerado;
2. Sudoreses;
3. Tremores;
4. Sensação de respiração curta;
5. Sensação de desmaio ou choque;
6. Dor no peito ou desconforto.
7. Náusea ou mal intestinal ou dificuldade de engolir;
8. Sensação de tonteira, irritabilidade, desmaio.
9. Desrealização (sensação de irrealidade) ou despersonalização (ficar desligado, desconectado de si mesmo);
10. Medo de perder o controle e ficar louco;
11. Medo de morrer;
12. Parestesias (Alteração da sensibilidade (sensação de formigueiro, picadelas, queimadura, etc.);
13. Resfriamento ou rubores.

Pessoas que sofrem de pânico normalmente têm um caráter controlador e perfeccionista, ao mesmo tempo estão em volta com um sentimento de desproteção, não sou bom o bastante para me proteger. O pânico pode vir associado a outras psicopatologias como a depressão reativa. A área do cérebro que sofre alterações no transtorno do pânico são os gânglios basais, que ficam mais irrigados. Esta região cerebral é responsável pela ansiedade e pelo medo. No caso da depressão, a área de aumento da atividade sanguínea é o sistema límbico, responsável pelas emoções.

A depressão é um transtorno de humor e são vários os tipos de depressão.

1. Distimia (depressão leve);
2. Depressão moderada;
3. Depressão profunda;
4. Depressão moderada ou profunda recorrentes;
5. Transtornos de humor bipolar (THB) co episódios depressivos;
6. Transtorno do humor bipolar misto;
7. Ciclotimia.

Os itens básicos da depressão são:

1. Falta de ânimo;
2. Falta de desejo;
3. Humor deprimido;
4. Falta de esperança no futuro.

Deve ser levado em conta como diagnóstico diferenciado:

1. Anemias;
2. Hipotireoidismo;
3. Regimes alimentares hipo-proteicos;
4. Dependência de substâncias psicoativas;
5. Alcoolismo;
6. Luto prolongado ou patológico;
7. Pseudodemência;
8. Transtorno somatofórmicos;
9. Câncer.

É muito importante salientar que qualquer uma das patologias aqui citadas afeta o físico e o psíquico. Hoje já existe consenso entre os profissionais da saúde (pelo menos os mais atualizados) sobre esse fato. Nada é só corpo ou só mente. A abordagem cartesiana da separação entre físico e psíquico é hoje bem ultrapassada. Outro adendo bem importante é que essas doenças devem ser tratadas com psicoterapia e medicação apropriada.

O uso clínico dos psicofármacos como a paroxetina tem sido altamente recomendado para pânico, outras drogas como clonazepan, alprozolan, por vezes são somadas,dependendo do caso.

Fato é que ansiedade, pânico, fobias e depressão estão altamente presentes em nossa sociedade atual. A grande maioria das pessoas, por ignorância e preconceito, resiste a forma de tratamento indicada pelo profissional se Põem em risco ou põem um dos seus em risco. As patologias acima citadas matam com eficácia maior que o câncer ou HIV ou outra doença mortal se forem ignoradas ou tratadas de maneira incorreta.

Tudo que nos acontece, acontece para o nosso bem, desde que procuremos nosso bem.