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livro inédito de Odegine Graça para você!


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terça-feira, 28 de julho de 2009

O amor e os mecanismos de projeção

Continuamos com a nossa série de textos, informações, idéias e conselhos sobre o amor. Hoje trataremos da relação deste sentimento tão nobre, com os mecanismos de projeção. Você sabe o que isto significa?
É necessário olhar a nós mesmos, para dentro, e então, conseguir entender e amar ao próximo.

“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.”
(Fernando Pessoa)



A melhor definição de projeção é: olhar-se no espelho, sem saber que aquilo que vê é a própria imagem.
Quando uma pessoa vê refletida no externo as imagens internas ou inconscientes que regem a vida, olha e acha que aquilo que vê pertence ao outro.
A projeção é um mecanismo de defesa do ego, e geralmente ocorre quando o indivíduo vê nos outros um traço que quer ou tem em si mesmo e então supervaloriza aquilo no outro. De outra forma: projeção é o ato de atribuir a outro ser ou objetos as qualidades, sentimentos ou intenções que se originam em si próprio.
É um mecanismo de defesa pelo qual aspectos da personalidade de um individuo são deslocados de dentro deste para o meio externo. A pessoa em estado de projeção pode lidar com sentimentos reais, fora dela.
Jung define projeção como "um processo inconsciente e automático, pelo qual um conteúdo inconsciente para o sujeito é transferido para um objeto, fazendo com que este conteúdo pareça pertencer ao objeto".
A projeção cessa no momento em que se torna consciente, isto é, ao ser constatado que o conteúdo pertence ao sujeito. Todos nós temos dentro de nós aspectos masculinos e femininos que retratam nosso ideal de homem ou de mulher, Jung denominou esses aspectos da personalidade de animus e anima. Quando projetamos esses aspectos no rosto de outra pessoa achamos que estamos amando, porém na grande maioria das vezes só estamos projetando um ideal.
É necessário saber que amor é bem mais que ideal, amor é real, e realidade exige convivência, frustração, perdão, compreensão e aceitação do outro enquanto outro diferente de mim, é aprender com as diferenças sem exigir que o outro seja meu reflexo.
Amor é companheirismo, é admiração, é crescimento, o amor vai além da paixão, vai além do comodismo, vai além de mim e dos meus ideiais.

Amor é realidade.

terça-feira, 14 de julho de 2009

O amor e o medo

“ A brisa do amanhecer tem segredos para lhe contar.
Não volte a dormir.
Você tem que verificar o que realmente quer.
Não volte a dormir.
As pessoas vão e voltam pelo Umbral
Onde os dois mundos se tocam.
A porta está totalmente aberta.
Não volte a dormir. “

(Jelaluddin Rumi - séc XIII)

No universo das relações amorosas, só existem duas vibrações, duas verdades, duas energias que se movimentam e movimentam todas as coisas: o amor e o medo. Ou se está em uma ou se está em outra vibração.

O medo aprisiona , paralisa, põe em alerta, contra a um perigo eminente, contra maus espíritos, contra alguém ou alguma coisa que nem se sabe o que é, mas que está pronta, preste a destruir.

O medo nos incute um sentido de persecutoriedade que nos coloca em franco estado de paranóia . Ele age através da mente analítica, fazendo com que julguemos a tudo e a todos de forma cruel e negativa. O mundo então se torna assustador, um campo de crueldade suprema em que só é possível pensar em atitudes de defesa, nunca em envolvimento. O indivíduo com medo se sabota, nega a oportunidade que tem de amar e de ser amado. Ao se defrontar com uma pessoa que pode lhe proporcionar felicidade, o medo de amar nega a chance do encontro com o outro e tudo acaba antes mesmo de começar.

A capacidade de dar e receber amor está diretamente ligada a proporção de medo acumulada dentro do individuo. Quanto mais medo, menos capacidade de se abrir e atrair o amor, portanto: respire fundo, saia para a vida, arrisque-se, enfrente seus medos, fique livre de tantas dores, ditados, e regras inúteis. Acredite em você, e seja feliz. Assim você atrairá o amor que merece .

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O QUE É O AMOR?

Neste mês de julho, o blog da psicóloga ODEGINE GRAÇA, dá início a sua mais nova série: "O que é o amor? "

Disfrute, comente, opine. Afinal, o amor é o sentimento inerente e indissociável ao ser humano.
Acompanhe, disfrute...



“... e ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres e ainda que entregasse meu corpo para ser queimado, se eu não tivesse amor, nada disso me aproveitaria”.

(Trecho da primeira carta de São Paulo aos Coríntios).

O amor é a emoção mais perfeita que existe. A palavra emoção vem do latim: e-movere, que quer dizer, precisamente, movimento. O amor é um movimento constante que leva ao crescimento. Sem amor não existem relações, somos animais dependentes dele.
O amor é a condição de toda a existência humana: nós seres humanos nos originamos do amor e somos dependentes dele. Na vida humana, a maior parte do sofrimento vem da negação do amor. Eu diria que 99% das enfermidades humanas tem a ver com a negação do amor.
O biólogo Humberto Maturana, em seu livro “Emoções e linguagem na educação e na política”, reconhece que o homem é um ser relacional movido pelo amor, e que é através deste que estabelece o diálogo e a construção da própria vida, pois não há ação humana sem uma emoção que a estabeleça como tal, e a torne possível como ato. O amor é a emoção que torna possível a convivência e a interação com o outro enquanto este é diferente de mim. O amor amplia e estabiliza a convivência e, sem sombras de dúvida, nos torna seres melhores e mais humanos, mais esperançosos e cheios de energia para transformar o mundo em um lugar muito melhor para todos.
Lembre-se: O amor é aquilo que imprime significado as coisas, e permite compreender o espírito humano, que nos enche de sabedoria e compaixão por tudo que é vivo. Amor significa interação com a vida, significa fazer parte, sentindo tudo e o todo. É algo além do sujeito e do objeto somente. Amor é estar presente, é pertencer, é ir além de si mesmo. O verdadeiro sentido do amor exige que a vida seja vivida em sua plenitude.